terça-feira, fevereiro 02, 2016


Gazeta Valeparaibana - Fevereiro 2016

Já está disponibilizada na WEB a edição de FEVEREIRO da Gazeta Valeparaibana; em REVISTA para ser lida online pelo site ou na versão em PDF para quem queira baixar e imprimir para usar os temas abordados em sala de aula.
Aos docentes: Boas matérias para formatação de aulas transversais em sala de aula.
Links no final da postagem.

O que são os Temas Transversais se não são temas para serem trabalhados somente nas aulas de Filosofia nem temas a serem retomados pelas aulas de Moral e Cívica nem temas que substituam os conteúdos das grades curriculares?

Ao serem considerados pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) fatores importantes para a transformação educacional, os Temas Transversais vêm dar à educação escolar um novo colorido e trazem consigo um novo conceito de ensino–aprendizagem e de escola. Mas como se configuram? O que são? Como podemos colocá-los em prática?

Na verdade, os Temas Transversais são mais uma forma de incluir as questões sociais no currículo escolar. Embora isso não seja novidade, pois já vinham sendo tratados junto a algumas disciplinas específicas ou mesmo como uma nova disciplina, são trazidos de tal maneira que emprestam um novo movimento ao currículo escolar.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais incorporam essa tendência e a incluem no currículo de forma a compor um conjunto articulado e aberto de novos temas, buscando um tratamento didático que contemple sua complexidade e sua dinâmica, dando-lhes a mesma importância das áreas convencionais. O currículo ganha em flexibilidade e abertura, uma vez que os temas podem ser priorizados e contextualizados de acordo com as diferentes realidades locais e regionais, e outros temas podem ser incluídos.

E é por isso que a Gazeta Valeparaibana sempre se adianta ao publicar textos e valorizar os temas do mês.

Confira! A sua aula vai ficar mais alegre e a interação muito mais efetiva.

Já está disponibilizada na WEB a edição de JANEIRO 2016 da Gazeta Valeparaibana; em REVISTA para ser lida online pelo site ou na versão em PDF para quem queira baixar e imprimir para usar os temas abordados em sala de aula.
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Sobre nossas mídias

O papel da mídia na atual 'crise' brasileira

A mídia se tornou um partido que passou a atuar no jogo político de maneira privilegiada, sem precisar de votos ou prestar contas aos seus eleitores.
POR: Geniberto Paiva Campos

“Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil quanto ela mesma” – Joseph Pulitzer
 1. Parece haver um problema de matriz cultural interferindo no cotidiano da política brasileira.
 Durante décadas fomos educados para respeitar o que se apresentava na forma impressa, assumindo como verdadeiras as suas notícias, informações e, eventualmente, suas (raras) opiniões. Jornais, revistas e outros tipos de publicação gozavam de um respeito reverencial, o qual era transferido aos jornalistas, editores, diagramadores e até linotipistas, todos profissionais envolvidos na nobre missão de (bem) informar.
 Os jornalistas brasileiros eram profundamente respeitados e admirados pelos diversos segmentos populacionais que dependiam do acesso aos órgãos da imprensa para obter informações confiáveis. E que sabiam reconhecer a veracidade e o estilo da escrita destes profissionais.
 Com o advento das mídias eletrônicas (rádio e televisão) a partir do século passado, esse sentimento de respeito e admiração transferiu-se para os profissionais dessas novas áreas.
 Em reciprocidade, havia um profundo respeito desses profissionais para com os seus leitores, radiouvintes e telespectadores. Para com o seu público, enfim.
 Esse acordo informal entre os jornalistas e o público consumidor de notícias, baseado na verdade e na decência, raramente era descumprido. Havia uma ética implícita nesse relacionamento.
Como esperado, muitos jornalistas que alcançavam notoriedade profissional enveredavam pela política. São vários os exemplos desse fato. Positivos e negativos. Esse entrelaçamento entre jornalismo e política não causou maiores prejuízos aos comunicadores, nem tampouco à política ou à gestão pública. E a comunicação social passou a ser exercida de maneira mais cuidadosa. E na medida que a Comunicação passou a ser algo mais complexo e ganhou as cátedras acadêmicas, os jornalistas assumiram maior importância no âmbito da sociedade.
 O que viria a acarretar profundas mudanças nesse relacionamento respeitoso entre os órgãos de comunicação e os seus fiéis seguidores foi a percepção crescente da importância da Informação numa sociedade agora essencialmente urbana e industrializada, que ao adquirir novos hábitos culturais, tornou-se uma sociedade de consumo de massa.
 A TV, o rádio, o jornal e as revistas assumiram gradativamente o papel de orientadores desse consumo. E perceberam que era facilmente alcançável orientar outras escolhas dessa sociedade “em trânsito”.
 2. A criação dos grandes conglomerados midiáticos foi a evolução natural desse processo. O qual tornou-se irreversível pela força incontida da comunicação através do rádio, e principalmente da TV, nos hábitos de consumo e na formação da opinião (a temida “opinião pública”) da sociedade. Consequentemente, a mídia tornou-se orientadora não só dos hábitos de consumo como também das mais diversas escolhas dos cidadãos. Principalmente com o avanço do conceito de “propaganda”. Na prática, tudo poderia se transformar em “produto”. Objeto de desejo dos indivíduos (também chamados de “público alvo”), desde que bem manipulado pelas técnicas dessa nova arte. A partir desse ponto os acordos éticos, implícitos no relacionamento entre mídia e público foram “flexibilizados”. O sistema capitalista entendeu perfeitamente, e passou a usar, sem maiores escrúpulos, a força incontida da publicidade e da propaganda na formação de hábitos e comportamentos dessa nova sociedade, valendo, principalmente, para quem viesse a dispor do controle da mídia, impressa e eletrônica. (E o conceito de cidadania evaporou-se. Foi para o espaço… E o Jornalismo, enquanto missão social, e serviço público, foi extinto)
 Em muitos países do chamado primeiro mundo as autoridades públicas, percebendo precocemente a imensa força política dos aglomerados midiáticos, estabeleceram regras e limites, através de legislação específica. Sendo os exemplos mais evidentes a Inglaterra e os Estados Unidos da América. O que não veio a ocorrer na América Latina e especificamente no Brasil. Abrindo uma imensa via para a atuação dos órgãos de comunicação, agindo sem qualquer controle legal. E a mídia, habilmente e absolutamente livre em suas manobras, espertamente passou a associar esse controle – essencialmente democrático – com a censura à liberdade de expressão. De modo que o Brasil entrou no século 21 permitindo a propriedade cruzada dos meios de comunicação. Embora a Constituição, promulgada em 1988, a proibisse expressamente. Mas este artigo dependia de uma regulamentação infra-constitucional, nunca posta em prática. Simplesmente porque isso não era do interesse de três ou quatro famílias proprietárias de conglomerados de rádios, TVs, revistas e jornais.
Qual um trem desgovernado, esses conglomerados foram gradativamente assumindo um papel cada vez mais relevante e decisivo no jogo político. E, rapidamente, os donos das organizações jornalísticas assumiram o papel de empresários. E que dispunham de um produto de alto valor para venda: a formação da opinião pública. Tornando-se bilionários. Criando cidadãos de segunda classe, despolitizados e absolutamente crentes (e militantes) daquilo que a mídia decidia divulgar como verdade. E, mais ainda, dispostos a ir às ruas e avenidas do país, propagando as palavras de ordem dos conglomerados midiáticos. Estes, meros porta-vozes do neoliberalismo.
 Estava criado, portanto, um novo partido político. O qual passou a atuar no jogo político de maneira privilegiada. Por não precisar de votos. Ou de prestar contas aos seus eleitores ou à justiça eleitoral. Por prescindir de realizar convenções e debates para indicar seus candidatos e escolher seus projetos e propostas. Usando, ao extremo, o seu poder político, tornou-se o quarto poder (com tendência a assumir o primeiro lugar nessa hierarquia). Exercido no âmbito familiar e restrito aos proprietários das empresas jornalísticas, que se tornaram verdadeiras dinastias.
 E os jornalistas? Estes, com raras e honrosas exceções, foram se transformando em meros serviçais dos seus patrões. Dispostos, para garantir os vínculos com suas empresas, a assimilar, acriticamente, as ideias e os projetos do interesse das suas organizações. Raramente coincidentes com os interesses nacionais.
 (George Orwell ao publicar, em meados dos anos cinquenta, o seu profético livro “1984”,  jamais poderia imaginar que a sua ficção política iria, tão rapidamente , assumir foro de realidade. O seu imaginário “Big Brother” e a Novilíngua tornaram-se  verdades singelas, passando a conviver naturalmente com as sociedades mais vulneráveis e dóceis ao seu apelo).
 3. Diziam os poetas e seresteiros, antenas da raça: “o tempo não para…” E não permite recuos e a volta ao passado, completam os descrentes e os cínicos. E, como falava um antigo compositor cearense: “ o passado é uma roupa que não se veste mais”.
 Daí que o mundo mudou. Na Comunicação essas mudanças foram intensas. E introduziram novas e interativas formas de relacionamento nessa área. A síntese perfeita emissor (ativo) >>> receptor (passivo) foi superada por algo totalmente novo, muito sério, profundo e definitivo, denominado apropriadamente pelos teóricos de Revolução Digital. E nada será como antes, profetizaram, definitivos, os rapazes mineiros do “Clube da Esquina”.
 O telefone celular, a internet, conectaram as pessoas com a facilidade permitida pelas novas e surpreendentes tecnologias de comunicação. E que não param de evoluir. E quem não evoluir, aderindo à nova onda, vai ficando para trás.
 Em resumo, o receptor de notícias e informações deixou de ser a instância passiva dessas novas formas de conexão. A interatividade tornou-se um dos elementos irreversíveis da Comunicação. Como consequência, tornou-a mais democrática.
 Essa revolução, como esperado, provocou um choque nos conceitos e nos fundamentos das empresas de comunicação que presumiam ter conseguido a forma perfeita – e definitiva –  de controle da notícia, da arte de transformar opiniões em fatos, criar verdades. Enfim, de manipular o seu público de acordo com os seus interesses de lucro e acumulação.
 Para onde caminha a humanidade nestes tempos novos e surpreendentes? Como será a comunicação dessa nova era?
 São perguntas que estão sendo respondidas na vivência do dia-a-dia. Podemos ter, pelo menos, uma certeza, (ou, que seja, uma nobre e democrática aspiração): não voltaremos aos tempos obscuros do domínio incontrastável da mídia hegemônica.

 Com a palavra os teóricos da Comunicação. Os para sempre conectados militantes das chamadas mídias sociais. E, claro, os estrategistas políticos. Essa luta apenas começa.

quinta-feira, janeiro 21, 2016

Gazeta Valeparaibana Janeiro 2016

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O que são os Temas Transversais se não são temas para serem trabalhados somente nas aulas de Filosofia nem temas a serem retomados pelas aulas de Moral e Cívica nem temas que substituam os conteúdos das grades curriculares?

Ao serem considerados pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) fatores importantes para a transformação educacional, os Temas Transversais vêm dar à educação escolar um novo colorido e trazem consigo um novo conceito de ensino–aprendizagem e de escola. Mas como se configuram? O que são? Como podemos colocá-los em prática?

Na verdade, os Temas Transversais são mais uma forma de incluir as questões sociais no currículo escolar. Embora isso não seja novidade, pois já vinham sendo tratados junto a algumas disciplinas específicas ou mesmo como uma nova disciplina, são trazidos de tal maneira que emprestam um novo movimento ao currículo escolar.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais incorporam essa tendência e a incluem no currículo de forma a compor um conjunto articulado e aberto de novos temas, buscando um tratamento didático que contemple sua complexidade e sua dinâmica, dando-lhes a mesma importância das áreas convencionais. O currículo ganha em flexibilidade e abertura, uma vez que os temas podem ser priorizados e contextualizados de acordo com as diferentes realidades locais e regionais, e outros temas podem ser incluídos.

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Quantos bilhões vale a obra de Moro para o capital? O Brasil na bacia das almas…
POR FERNANDO BRITO · 17/01/2016
Folha diz hoje que os fundos de investimento – leia-se grandes grupos estrangeiros e nacionais, sobretudo bancos têm 25 bilhões de dólares – ou R$ 100 bilhões de reais – para comprar empresas em países emergentes, aproveitando a crise.
E que o Brasil é um deles onde os “principais alvos são empresas de energia, concessões na área de estradas, aeroportos e saneamento pertencentes a grupos envolvidos na Operação Lava Jato”.
É obvio que, graças ao Dr. Sérgio Moro tratar dos crimes cometidos não como eventos a serem punidos e ressarcidos, mas como uma cruzada de demolição destes conglomerados empresariais, as bocarras se abriram para engolir as empresas em um dos poucos setores onde o capital nacional ainda fazia frente ao estrangeiro.
“O Brasil tem boas empresas, o mercado interno é grande, e está barato”, diz Flávio Valadão, diretor da área de fusões e aquisições do Santander.
“Hoje é possível comprar uma empresa de R$ 1 bilhão com US$ 250 milhões. Não dava para fazer isso no primeiro semestre do ano passado”, diz  à Folha Marco Gonçalves, dirigente do honestíssimo banco BTG Pactual, ele próprio em processo de “depenação” depois da descoberta das falcatruas de seu controlador (ou não, porque desde o Amador Aguiar eu ponho pouquíssima fé nesta história de bancário que vira banqueiro), André Esteves.
Nestes negócios privados, como todos sabem, ninguém leva dinheiro. Negociam-se bilhões com um ascetismo daquelas imagens que assistem, plácidas, o que se passa nos bordéis. São todos santos, puros, honestos como um frade capuchinho.
Com serenidade e responsabilidade, os  milhões  de reais surrupiados pelos “ladrões de carreira” da Petrobras estariam sendo recuperados talvez até com mais eficiência. Mas, em lugar disso, estamos vendo se esvaírem – no santo e puro “altar” do “Deus Mercado” bilhões de reais de patrimônio empresarial  brasileiro.
Em lugar de gravar o patrimônio pessoal dos empreiteiros, destrói-se o das empresas, que têm (ou tinham) poder para investir, empregar e realizar.
Os  acordos de leniência, que os procuradores da Lava Jato se esforçam – amplificados pela mídia – em barrar, seriam isso: a empresa paga pelo que fez, em dinheiro; os empresários pagarão – ou não, segundo seu julgamento – com sua liberdade e seus bens.
“Este parece ser um momento único na história, pela quantidade de bons ativos de empresas brasileiras que podem ser colocados à venda”
A frase, do diretor gerente do banco  Morgan Stanley, Alessandro Zema, seria traduzida pela minha avó como “meu filho, estão vendendo tudo na bacia das almas”.
A simplória D. Innocência Barbosa, com seu quinto ano  primário de Conservatória, uma das vilas mortas do café no Vale do Paraíba, resumia o que o letrado professor de Economia da Unicamp da Unicamp, Fernando Nogueira  da Costa define com erudição: “Na bacia das almas” é expressão que se usa para designar a situação de alguém que está passando grande dificuldade e tem de vender algo o mais rapidamente possível, consequentemente, por um preço bem abaixo do que se obteria em circunstâncias normais. A expressão provém dos preparativos para o sacramento da Extrema Unção, quando a bacia em que se colocavam os óleos, unguentos e paramentos do sacerdote ficavam ao lado do moribundo.
O Dr. Sérgio Moro acha, talvez, que isso “não vem ao caso”.

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publicado em 17 de janeiro de 2016 às 21:09 no site  VIOMUNDO
Por: Conceição Lemes
Em 29 de dezembro de 2015, portanto há 19 dias, o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), relator da subcomissão da Câmara que acompanha a Operação Zelotes, reuniu-se com o delegado Rogério Galloro, diretor-geral substituto da Polícia Federal, e fez vários questionamentos, entre os quais:
* Por que estão paradas as investigações que apuravam desvios de R$ 20 bilhões no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) da Receita Federal?  As investigações apontaram que os conselheiros do Carf recebiam propina para anular multas de grandes empresas com a Receita Federal.
* Por que denúncias contra grandes sonegadores envolvidos no escândalo do Carf, como Bradesco, Santander, Mitsubishi, Gerdau, Grupo RBS, que eram o objetivo inicial da Operação Zelotes, nunca apareceram?
* Por que a Polícia Federal mudou o foco da Lava Jato e abriu uma investigação paralela para apurar a compra de medidas provisórias no governo federal?
Agora, Paulo Pimenta pretende fazer esses mesmos questionamentos ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em encontro que deve acontecer nos próximos dias.
“Eu quero falar com o ministro sobre vários assuntos”, antecipa o deputado. Um deles, claro, é a Operação Zelotes. Outro, a lista dos brasileiros que tinham contas secretas  no HSBC da Suíça. Quero saber como evoluiu a investigação.”
A partir daí seguiu a entrevista exclusiva do deputado Paulo Pimenta ao Viomundo.
Viomundo – As investigações da  Operação Zelotes estão paradas mesmo?
Paulo Pimenta – Eu não tenho a menor dúvida que sim. Até junho do ano passado, ela vinha avançando de uma maneira. A partir de lá, tenho a nítida impressão de que houve desaceleração de diligências, de encaminhamentos…
Considero a Zelotes o maior escândalo de corrupção que se tem notícia na história recente do País. Foram identificados indícios de venda de sentenças em 74 decisões do Carf. Envolve quase R$ 21 bilhões.
Viomundo — Esses R$ 21 bilhões são de casos julgados. E não julgados?
Paulo Pimenta – Hoje nós temos no Carf mais de R$ 500 bilhões em julgamentos a serem realizados. Portanto, um tema de enorme relevância. Eu acho que deva ser dada prioridade a essa investigação dos grandes sonegadores, do esquema criminoso que se montou e envolveu setores da burocracia do Estado, especialmente ex-auditores da Receita Federal, com empresas de consultoria e escritórios de advocacia.
Viomundo – Mas a Zelotes pegou outro caminho, a da venda de medidas provisórias, que visa atingir o filho do ex-presidente Lula e o próprio Lula. Por que essa mudança de direção?
Paulo Pimenta – Há uma visão teórica que capturou setores da burocracia de Estado, que envolve Polícia Federal, Receita Federal, setores do Ministério Público Federal e do próprio Judiciário, que definiram a estratégia  de que,  nesse período do nosso país, você precisa ter apoio da opinião pública, especialmente da grande mídia, para que as ações desenvolvidas por esses setores tenham êxito.
Não tenho nenhuma dúvida de que esse é o elemento central  da Zelotes. Havia uma investigação principal da Zelotes que era sobre os esquemas de venda de sentença dentro do Carf.
A partir de um determinado, foi aberta uma segunda linha de investigação que era a possibilidade de venda de medidas provisórias.
E partir dessa segunda linha de  foi aberta uma terceira: empresas que têm contratos com empresas envolvidas na investigação sobre venda de medidas provisórias.  Ela é uma derivação da segunda linha de investigação, sendo que a principal simplesmente foi colocada num segundo plano.
Viomundo — Por quê?
Paulo Pimenta — Porque as empresas envolvidas na Zelotes são os principais anunciantes mídia brasileira hoje em dia. Você tem os principais bancos , as principais indústrias de cerveja, companhias telefônicas e a imprensa propriamente dita.
Então, dentro dessa lógica, que foi absorvida por setores da burocracia do Estado, é um tema que não interessa, pois não terá respaldo da mídia, consequentemente não terá o respaldo da opinião pública.
Viomundo – O que vai ao reivindicar ao ministro?
Paulo Pimenta  — Estou fazendo esforço para que seja retomado o foco da investigação. Querem investigar outras coisas? Ok. Não sou contra. Investiguem.
Mas existe uma organização criminosa que está instalada dentro do Carf, que é um dos principais órgãos da Receita Federal. O esquema conta também com a participação de ex-auditores da Receita, escritórios de advocacia,  que juntos permitiram a sonegação de R$ 21 bilhões.
Portanto, isso não pode ser considerado como algo de menor relevância simplesmente  porque a mídia não gosta do assunto, porque nos intervalos do Jornal Nacional aparecem propaganda desses denunciados, porque a RBS, parceira da Globo no Sul do Brasil, é uma das empresas acusadas da fraude.
Viomundo – Sabe como está a investigação do caso HSBC? A impressão que se tem é que está parada.
Paulo Pimenta — No caso da investigação do HSBC, em determinado momento, o Ministério da Justiça assumiu este tema junto com a Procuradoria Geral da República (PGR). Eu não sei como ela evoluiu. Eu pretendo pedir ao ministro informação sobre em que pé ela se encontra agora.
De qualquer forma, como o tema HSBC revelou que praticamente toda a grande mídia brasileira e o sistema financeiro estão envolvidos, o tema não “ interessa” para aqueles setores do Estado que deveriam fazer a investigação.
Viomundo – A atuação da CPI do HSBC até agora foi pífia. O que se percebeu é que várias pessoas que deveriam depor foram deixadas de lado, acobertadas…
Paulo Pimenta –  Com certeza.
Viomundo – Na semana passada, o governo francês decidiu enviar à CPI a lista dos brasileiros que tinham conta no HSBC na Suíça. Se isso se confirmar, pode provocar um terremoto?
Paulo Pimenta —  A revelação e a investigação sobre as contas do HSBC vão nos permitir saber não só quem são os donos mas entender qual origem deste dinheiro depositado no exterior. Qual o evento que proporcionou este capital escondido na Suíça. Ele será revelador de um  período nebuloso da nossa história. As grandes privatizações da FHC serão melhor compreendidas.
Viomundo – Pelo que o senhor disse um pouco atrás,  as investigações da  Zelotes original e do HSBC estão devagar porque os responsáveis pelo andamento delas — Polícia Federal, Ministério Público Federal,  Judiciário e  Receita Federal — acreditam que não terão apoio da grande. Será que essas investigações também não avançam porque setores desses órgãos compartilham das mesmas posições políticas dos denunciados, ao mesmo tempo que todos são contra o governo Dilma e o PT?
Paulo Pimenta – Com certeza. Setores da burocracia de Estado foram capturados por um projeto de poder que visa destruir o nosso projeto, o nosso legado. Esses setores capturaram a burocracia de Estado claramente com o objetivo de alcançar interesses políticos, partidários, corporativos, particulares. Eles se sobrepuseram ao interesse público obrigatório nas carreiras de Estado como essas que nós estamos mencionando. Estão violando o interesse público.
Nós temos hoje segmentos que trabalham de maneira articulada contra um projeto político-majoritário que foi vencedor da eleição. Nós temos de denunciar essa ideia na sociedade. Eu quero conversar com o ministro também sobre isso. São coisas muito graves que estão acontecendo.
Viomundo – E o vazamento seletivo de depoimentos confidenciais e investigações de maneira seletiva?
Paulo Pimenta —  É um atentado ao estado democrático de direito. O presidente Lula foi chamado para dar depoimento na condição de informante numa investigação na Polícia Federal. Isso aconteceu numa terça-feira. Na quinta-feira, o Jornal Nacional divulgou o depoimento na íntegra.
A cópia que o presidente Lula e os seus advogados receberam tinha marca d’ água. Ou seja, a reprodução seria identificável.  Existia só uma segunda cópia que estava de posse da Polícia Federal. Se não foi o presidente Lula que entregou o seu depoimento para o Jornal Nacional, quem entregou?
O vazamento criminoso de documentos sigilosos de posse da Polícia Federal,  Ministério Público Federal, Supremo Tribunal Federal, com o objetivo claro de direcionar de maneira seletiva uma investigação ou uma suspeição de uma pessoa não pode ser tratado como algo natural.
Isso tem que ser criticado. Nós não podemos imaginar aquela visão romântica que muitas vezes as pessoas têm da Receita Federal, PF, MPF, do próprio Judiciário, de que todos são isentos, imparciais… Só que essa não é a realidade.
Alguns delegados, auditores, juízes têm postado nas redes sociais algumas coisas que, do meu ponto de vista, estão completamente em desacordo com as suas prerrogativas funcionais.
Alguns exemplos. Delegado da Polícia Federal postar charge do ministro Cardozo na forma de cachorro. Ou na coleira como se fosse a presidência da República. Montagem do presidente Lula algemado. Da presidenta Dilma vestida da palhaça. Ou uma foto de treinamento de tiro ao alvo em que a foto da Dilma é o alvo.
Se agir assim está dentro das prerrogativas funcionais e essas pessoas conduzem as investigações, ok. Então , eu me reservo o direito de condenar. Mas  eu quero que o ministro Cardozo me diga que isso está dentro das prerrogativas  funcionais dos agentes públicos.
Viomundo – No caso da Zelotes, ao deixar de investigar a linha principal, os agentes públicos – no caso, aqui a Receita Federal – não estariam prevaricando?
Paulo Pimenta – Vamos ver o ministro tem a dizer. Uma coisa é certa: a gente não pode aceitar  que existam investigações que interessam e investigações que não interessam pelo fato de não ter cobertura da grande mídia.

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Os planos da Netflix e do Youtube para fechar a Globo

Quero ver o Brasileirinho sem o Corinthians - Bozó

O Conversa Afiada presta singela homenagem à Rede Globo de Televisão, que faz "a melhor televisão do mundo", como dizem os que chamam os filhos de Roberto Marinho pelo nome próprio - que eles não tem...
Segundo o Valdir Macedo, sábio informante do Conversa Afiada, a sorte da Globo é que só o Brasil fala português.
Ela foi protegida pela barreira da língua.
Não fosse isso, com a proliferação de produtores globais de conteúdo, em inglês, teria morrido mais cedo.
(Se isso a protegeu, ponderou o ansioso blogueiro, também a limitou - porque ela jamais conseguiu ser uma produtora mundial de conteúdo. Não aprendeu a falar inglês, como, aliás, não aprenderam os filhos do Roberto Marinho - são "mono mentais", como se dizia o Ibrahim - ler em "Colonistas, sólidos, liíquidos e gasosos").
Mas, a tecnologia fará com que a Globo morra gorda, como diz o ansioso blogueiro.
É o que demonstram o Samuel Possebon e o André Mermelstein, da respeitada e inigualável publicação Teletime, sob a batuta de Rubens Glasberg.
A Netflix e o Youtube Red, do Google, preparam as exéquias da Globo.
Que vai ter a serventia daquele U-matic da Sony que vovô ganhou de Papai Noel.
Artigo de André Mermelstein e Samuel Possebon:
A corrida secreta da Netflix
O ano começou movimentado para o mercado de TV com o recente anúncio da expansão global da Netflix a 190 países. Saudada como a "primeira empresa global de TV", a nova estratégia já era esperada e está sendo testada há alguns anos. Tanto é que o próprio CEO da Netflix, Reed Hastings declarou à Tela Viva, que cobriu o lançamento da nova estratégia na CES, em Las Vegas, que a experiência da expansão para mercados como o Brasil seria fundamental nessa nova etapa da Netflix.
Passado o oba-oba inicial, com volumosa cobertura de imprensa e uma reação mais comedida do mercado financeiro, é possível fazer uma leitura ponderada do significado desta nova estratégia. O resumo é simples: pressa.
A Netflix precisa aproveitar o bom momento para ganhar espaço nos mercados em que não está antes que outras empresas o façam. Experiências como a do Brasil, em que a infraestrutura de banda larga é limitada, a renda média é baixa e a competição no mercado de TV paga é acirrada, certamente ajudam a Netflix nessa investida. O mundo tem mercados muito mais desafiadores do que o Brasil, como a Índia.
O que está determinando a pressa da Netflix é o fato de que os grandes estúdios produtores de conteúdo estão, de um lado, planejando ou lançando serviços próprios, como o HBO Go (o próprio Hastings já havia declarado que queria se tornar uma HBO antes que a HBO se tornasse uma Netflix). Além disso, os estúdios estão estimulando como podem o surgimento de operações concorrentes, e muitas estão dando certo. Na França, México e Reino Unido, para citar alguns mercados importantes, há grandes provedores locais de VOD. E não custa lembrar que Google e Apple também têm ofertas de conteúdos on-demand globais, e o Google começa a seguir o caminho da Netflix com o Youtube Red (ainda não disponível no Brasil), no modelo de assinatura. Dizer que a Netflix é a primeira empresa global de TV é um pouco impreciso. Talvez seja a primeira empresa de VOD global, mas CNN, ESPN e HBO adotaram estratégias de globalização há muito mais tempo e têm um alcance mundial há pelo menos duas décadas.
O outro fator de pressa da Netflix são os seus custos. A empresa tem enfrentado negociações cada vez mais duras com os detentores de conteúdo, o que aperta suas margens cada vez mais. A estratégia de investir pesado em produção própria (mais uma vez, seguindo o exemplo do que a HBO fez há mais de uma década) é não só uma tentativa de se diferenciar de outros serviços de VOD com ofertas muito parecidas mas, sobretudo, uma tentativa de melhorar as margens e a dependência dos grandes estúdios. O movimento de avanço a novos mercados mundiais ajudará a empresa a ter escala e acesso a novos mercados consumidores, mas também a ampliar seu leque de produtores de conteúdos parceiros e espaços para produções próprias, reduzindo a dependência dos estúdios de Hollywood.
Para o mercado de produção, a notícia é sem dúvida positiva. Trata-se de mais uma janela, um buyer de peso no mercado, com potencial para alavancar uma produção em escala global quase instantaneamente. Basta ver a velocidade com que Wagner Moura passou de artista reconhecido apenas no Brasil a celebridade mundial em poucas semanas. É uma oportunidade para a produção brasileira ganhar destaque em novos mercados (embora sujeita ao filtro da própria Netflix, que em última instância definirá o que entra ou não em seu acervo, e o que será recomendado a seus assinantes).
Mas esta expansão internacional não acontecerá sem dores, como quis dar a entender Reed Hastings na apresentação à imprensa. Ele disse, sempre sorrindo, que a adaptação às realidades locais será simples e gradual, dependendo apenas do aprendizado de cada região. Mas será complexo lidar com realidades tributárias e regulatórias de 190 países. É de se imaginar que muitos países não ficarão tão felizes em receber um player que cobra em dólares, no exterior, e não responde às autoridades locais. O Brasil, por exemplo, já começou a discutir uma regulamentação local para o VOD, e outros países estão no mesmo caminho.
A Netflix é, ao lado do Youtube, a empresa que mais mudou o mercado de TV nos últimos 10 anos. Do ponto de vista de definição de um produto de referência e de um modelo de negócio de sucesso, a Netflix é até mais relevante do que a plataforma de vídeos online do Google.
A empresa, no entanto, não está imune às investidas dos demais players do mercado de mídia, mas seu problema maior não são as operadoras de TV por assinatura ou as emissoras de TV aberta.  A corrida é contra os grandes estúdios, que hoje produzem conteúdos audiovisuais de massa em quantidade e qualidade nunca antes vistas na história da televisão e que se deram conta de que, ao licenciarem seus conteúdos para a Netflix como fizeram, permitiram o surgimento de um player que ganhou dimensões além do imaginado. Reed Hastings consegue, hoje, com uma base de quase 70 milhões de usuários, dar as cartas em uma negociação por direitos. Os estúdios estão reagindo, esticando a corda e alimentando os concorrentes. Por tudo isso, a Netflix tem pressa.
Artigo de André Mermelstein, de Las Vegas
Para YouTube, música, diversidade e realidade virtual impulsionarão vídeo online
O chief business officer do YouTube, Robert Kyncl, voltou à CES deste ano, quatro anos após sua última participação. Na época, ele fez previsões sobre o futuro do vídeo online.
Ele disse então que até 2020 o vídeo responderia por 90% do tráfego da Internet, e que 75% de todo o vídeo assistido seria online.
Aparentemente, disse, não só ele estava certo, como as coisas aconteceram até mais rapidamente do que o previsto. Segundo ele, a marca de 90% do tráfego da Internet será atingida já em 2019.
O YouTube, conta, tem mais de um bilhão de usuários ao mês, 80% destes de fora dos EUA. E o tempo médio de consumo cresce cerca de 60% ao ano.
Atualmente o consumo médio global de vídeo está em torno de 5 horas ao dia. "Só perde para o tempo dormindo e o trabalho", disse Kyncl. A indústria gera US$ 200 bilhões anuais de receita, vindos principalmente da TV paga, que começa a declinar, segundo o executivo.
Ele conta ainda que o vídeo online superou este ano as redes sociais como a atividade que consome mais tempo online, com média de 1h15 ao dia. "O vídeo online será a principal forma com a qual a pessoa passará seu tempo livre até o fim da década", afirmou.
Quatro razões
São quatro, segundo Kyncl, os motivos pelos quais isso se dará. O primeiro é a mobilidade. Os celulares, lembra, estão ganhando telas maiores, com melhor definição de imagem e som, e maior duração de bateria. O tempo médio diário de consumo de vídeo no mobile é de 40 minutos, segundo ele.
O segundo é a diversidade. A revista Variety, diz, já mostra que as estrelas do YouTube são hoje mais populares entre os millenials que as estrelas de cinema ou TV. "Ainda haverá os blockbusters, mas cada vez menos gente terá o mesmo gosto. Foi assim com o cabo, começou sem muito dinheiro e apostou nos nichos, como fizeram lá atrás a ESPN, AMC, MTV, CNN. Quando cresceram, evoluiram para conteúdo original. A HBO e a Netflix fizeram igual, começaram com licenciamento e depois partiram para a produção original", disse.
O online segue o mesmo caminho, diz Kyncl. "Mas com muito mais variedade, porque é uma plataforma democrática, cada um pode criar e assistir. Não só abarca todos os gêneros, como tem alguns que nasceram na própria plataforma, como conteúdos de videogames, tutoriais etc". Ele conta que o YouTube também está investindo em conteúdos originais, com o recém lançado serviço pago YouTube Red. A ideia, diz, é usar os melhores talentos da plataforma e criar conteúdos premium com eles. "É atraente para os jovens. É mais viável ele ser o próximo PewDiePie do que o novo Tom Cruise".
A terceira razão, diz, é a música. "O vídeo é mais importante do que nunca para a música. Mais da metade dos teens usam o YouTube para descobrir músicas, até porque temos a maior biblioteca do mundo. E é um modelo bom também para os artistas, que ao invés de pagar para ser tocado, como antigamente, hoje recebem pelos views. Pagamos US$ 3 bilhões ao ano para a indústria de música", conta.
Finalmente, diz Kyncl, a última razão para a explosão do vídeo online é a experiencia mais imersiva que a da TV. "Vídeos imersivos em 360° são uma experiência melhor no mobile que na TV".
Ele conta que o YouTube fez uma parceria com a GoPro para desenvolver uma câmera 360°, e estão pondo estes equipamentos em todos os YouTube Spaces (estúdios mantidos pela plataforma em várias cidades do mundo para uso gratuito dos criadores).
A VR (realidade virtual) é uma grande aposta do Google. A empresa criou e distribuiu o Cardboard, dispositivo de VR de baixo custo, e com o YouTube deram um espaço para a divulgação destes vídeos.

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Manipulação prejudica Petrobras e o país
DO BRASIL 247

Não é preciso acreditar em conspirações internacionais para entender as mudanças recentes no mercado do petróleo e as dificuldades enfrentadas pela Petrobras para consolidar a posição do Brasil como um grande produtor mundial, possibilidade aberta pela exploração do pré-sal.
Graças a um editorial publicado pela Folha de S. Paulo em 28/12/2015, é possível constatar que os fatos ocorrem à luz do dia, sem disfarce nem pudor. Diz o jornal:
”A guerra de preços no mercado de petróleo continua. A Opep, organização que reúne grandes produtores, reafirmou na semana passada sua política, vigente desde meados do ano passado, de não restringir a oferta do óleo no intuito de sustentar o preço.
O impacto foi imediato. O barril, que custava US$ 100 em setembro de 2014, foi negociado a US$ 36 na semana passada, o menor patamar em uma década.
A Opep busca derrubar o preço para expulsar do mercado competidores que têm utilizado novas tecnologias de custo mais elevado.”
Então está combinado.
O chamado “mercado” de energia não se movimenta pela velha mão invisível imaginada por Adam Smith, pai dos ideólogos atuais da atual pós-modernidade, mas pela manipulação política de quem tem força para defender seus interesses e impor a própria vontade em escala global.
A ação coordenada da Opep é instrutiva, mas não chega a configurar um comportamento novo. Realiza, se possível por vias pacíficas, um movimento que, em outras circunstâncias, inclusive anos bem recentes, já produziu uma formidável coleção de golpes de Estado, guerras e intervenções estrangeiras para garantir o controle político e militar sobre regiões ricas em petróleo.
Entre os alvos do atual esforço destrutivo da Opep, o jornal menciona um único caso, dos produtores do xisto norte-americano.
Caberia mencionar, na mesma condição, o pré-sal brasileiro, já que sua importância no mercado mundial é uma evidência de doer nos olhos.
A dificuldade em reconhecer o interesse brasileiro faz parte do momento político que vivemos.
Para quem está prioritariamente empenhado no enfraquecimento a qualquer custo do governo Dilma, não convém apontar para nenhum fator externo capaz de ajudar a entender racionalmente as dificuldades atuais da maior empresa brasileira.
Tenta-se explicar – única e exclusivamente – a situação da Petrobras pela ação de quadrilhas corruptas em seu interior, apoiadas por supostas medidas imprudentes, de caráter demagógico, do governo Lula. Este é o foco, a linha.
Nada deve ser feito para estimular uma visão adequada da Lava Jato e apontar para seus efeitos daninhos para o país, capazes de produzir uma regressão econômica ainda difícil de avaliar.
Se estamos falando de uma investigação necessária, cabe reconhecer um retrocesso econômico e político já visível.
Basta recordar que o economista Gesner Oliveira, insuspeito de qualquer simpatia pelo PT ou por Dilma, calcula que a operação deve produzir um rombo de R$ 200 bilhões na riqueza nacional e eliminar 2 milhões de empregos.
São números que dizem a mesma mensagem dos dados oficiais do Ministério da Fazenda.
Eles desmentem a noção forjada pelo pensamento único de que a corrupção é o principal escoadouro de recursos que deveriam ser empregados no desenvolvimento do país.
Mostram a importância da reconstrução de nossos espaços democráticos, para permitir um debate real sobre as medidas necessárias a retomada do crescimento.
O desagradável é que já sabemos como será a próxima cena do filme da Opep. Quando os possíveis concorrentes estiverem de joelhos, incapazes de reagir, o barril do petróleo irá subir de novo – provocando mais um agravamento na crise mundial, em particular nos países que não tiverem sido capazes de assegurar sua autonomia para enfrentar as vacas magras.
Aí, os brasileiros irão lembrar do pré-sal – da mesma forma que, anos atrás, lembravam do pró-álcool, também ridicularizado pelos observadores que adoram fingir que acreditam na “economia de mercado” e não enxergam movimentos de potencias imperiais por trás dos turbantes dos príncipes feudais da Arábia Saudita.
Cabe esperar, sinceramente, que não seja tarde demais e que a Petrobras não tenha sido inteiramente comprometida até lá.

LEIA TAMBÉM:
Resultados comprovam viabilidade técnica e econômica do pré-sal
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A GRANDE MÍDIA NO BRASIL É ESPECIALISTA NO ASSUNTO !!!

Assistam a esse trecho do imprescindível documentário Mercado de Notícias, de Jorge Furtado. Para vocês verem como nem tudo o que e capa da grande mídia e se encontra nas redes - mesmo em grandes sites de notícia - é verdade!


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"A imprensa praticamente perdeu o sentido"

"As redes sociais liberaram uma legião de idiotas, que sempre existiram, mas que antes ficavam quietos. Agora as pessoas publicam!", diz Jorge Furtado referindo-se à desinformação generalizada que existe dentro das redes sociais. 

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quarta-feira, dezembro 30, 2015

Gazeta Valeparaibana Janeiro 2016

Já está disponibilizada na WEB a edição de JANEIRO 2016 da Gazeta Valeparaibana; em REVISTA para ser lida online pelo site ou na versão em PDF para quem queira baixar e imprimir,
Boa leitura!
Leia online: www.gazetavaleparaibana.com
Ou baixe em pdf: www.gazetavaleparaibana.com/098.pdf

domingo, novembro 29, 2015

Gazeta Valeparaibana - Dezembro 2015

O que são os Temas Transversais se não são temas para serem trabalhados somente nas aulas de Filosofia nem temas a serem retomados pelas aulas de Moral e Cívica nem temas que substituam os conteúdos das grades curriculares?

Ao serem considerados pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) fatores importantes para a transformação educacional, os Temas Transversais vêm dar à educação escolar um novo colorido e trazem consigo um novo conceito de ensino–aprendizagem e de escola. Mas como se configuram? O que são? Como podemos colocá-los em prática?

Na verdade, os Temas Transversais são mais uma forma de incluir as questões sociais no currículo escolar. Embora isso não seja novidade, pois já vinham sendo tratados junto a algumas disciplinas específicas ou mesmo como uma nova disciplina, são trazidos de tal maneira que emprestam um novo movimento ao currículo escolar.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais incorporam essa tendência e a incluem no currículo de forma a compor um conjunto articulado e aberto de novos temas, buscando um tratamento didático que contemple sua complexidade e sua dinâmica, dando-lhes a mesma importância das áreas convencionais. O currículo ganha em flexibilidade e abertura, uma vez que os temas podem ser priorizados e contextualizados de acordo com as diferentes realidades locais e regionais, e outros temas podem ser incluídos.

E é por isso que a Gazeta Valeparaibana sempre se adianta ao publicar textos e valorizar os temas do mês.

Confira! A sua aula vai ficar mais alegre e a interação muito mais efetiva.

Já está disponibilizada na WEB a edição de DEZEMBRO da Gazeta Valeparaibana; em REVISTA para ser lida online pelo site ou na versão em PDF para quem queira baixar e imprimir para usar os temas abordados em sala de aula.
Aos docentes: Boas matérias para formatação de aulas transversais em sala de aula.

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