Escritório Regional para América do Sul do Alto Comissariado
das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) condenou nesta
segunda-feira (8) as mortes dos jornalistas brasileiros Evany José Metzker e
Djalma Santos da Conceição, ocorridas entre 18 e 22 de maio em Minas Gerais e
Bahia, respectivamente.
O Escritório Regional para América do Sul do Alto
Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) condenou nesta
segunda-feira (8) as mortes dos jornalistas brasileiros Evany José Metzker e
Djalma Santos da Conceição, ocorridas entre 18 e 22 de maio em Minas Gerais e
Bahia, respectivamente.
Ao manifestar solidariedade com as famílias das vítimas, o
representante do ACNUDH para América do Sul, Amerigo Incalcaterra, instou o
Estado brasileiro a investigar exaustivamente os casos para identificar e levar
à justiça os responsáveis pelas mortes. “Chamamos as autoridades a esclarecer
os fatos e a garantir que não fiquem na impunidade”, disse.
O ACNUDH também expressou preocupação com as reiteradas
mortes de jornalistas em anos recentes no país. “Estamos preocupados com a
insegurança, assédio e crimes contra jornalistas que observamos no Brasil. Isto
constitui uma ameaça à liberdade de expressão”, apontou o representante
regional.
Além disso, Incalcaterra pediu para o Brasil proteger o
trabalho dos comunicadores sociais, e em geral dos defensores e defensoras de
direitos humanos. “O Brasil deve redobrar seus esforços para proteger os
defensores de direitos humanos, incluindo jornalistas, assegurando que não
sofram represálias, pressões e violência no exercício de suas atividades, e
adotando medidas concretas e efetivas em matéria de prevenção.”
“Nesse sentido, instamos o governo brasileiro a colocar em
prática as recomendações feitas em 2014 pelo Grupo de Trabalho sobre Direitos
Humanos dos Profissionais de Comunicação no Brasil, no Conselho de Defesa dos
Direitos da Pessoa Humana. Seu relatório final recomenda a criação de um
Observatório de Violência contra Comunicadores, em cooperação com o Sistema das
Nações Unidas no país”, disse o representante do ACNUDH.
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